*e o lugar das fotografias também se repete, porque é impossível resistir a este jardim.
Uma maior consciência de moda sustentável, que nasceu em mim gémea da necessidade de renovar o meu guarda-roupa, implicou perceber que é possível sim repetir roupa sem que isso implique necessariamente estar sempre vestida da mesma forma.
Agora que tenho muito menos peças no armário, consigo visualizar, realmente, toda a minha roupa, e isso permite-me fazer jogos e adivinhar novas conjugações de peças que, antes, não me lembraria de juntar - na verdade, nem sequer me lembrava de que as tinha. A necessidade aguça o engenho, estimula a criatividade e obriga-me a reinventar-me todos os dias.
Estas alpercatas, de que já vos tinha falado aqui, são uma dessas peças esquecidas. Nunca as usara porque, depois de as comprar por impulso, não fazia ideia de como as conjugar. Preocupava-me serem uma peça forte, prateada. Preocupava-me que me deixassem visualmente mais baixa e mais larga, por serem tão rasas. E apesar de terem sobrevivido a duas mudanças de casa, quase não sobreviveram à humidade. Incrivelmente, quando estava a fazer a selecção da roupa a dar, olhei para elas e vi-lhes centenas de possibilidades. São uma peça muito mais versátil do que eu consegui prever, e, sendo tão chamativas, fazem brilhar qualquer look mais simples.
As corsário brancas, que noutro post combinei com uma camisola toda branca, um colete e uns ténis, aparecem aqui num look menos desportivo. A t-shirt, muito especial para mim por motivos óbvios, foi um presente de gravidez dos meus pais, e também já a viram por aqui, na altura conjugada com umas calças de ganga. O casaco cinzento de malha fininha, esse, é uma estreia, e é também um roubo. Um pedido de empréstimo, vá. Quem não tem cão caça com gato, não é? Nunca o armário do Hugo me pareceu tão apetecível...
PS - Lembram-se deste relógio? É o mesmo, com outra bracelete... Reciclagem é tudo.
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